Cor de rosa e com a presença pela metade

Estou com uma sensação ruim no peito, uma auto culpa tola, digo tola porque na verdade estávamos seguindo instruções dos guias que pediram que na noite sábado ficássemos reunidos apenas aqueles que estiveram presentes horas antes do ritual, ninguém mais poderia subir no ap na noite de sábado, então reunidos aqui estávamos Carlos, Nippo, Rafael, Eduardo, Kadu, Legião, Lelo e Adriano ( Maira e Buçanha haviam ido embora ) e numa determinada hora da noite o Tiaguinho toca o interfone e a Legião teve que descer para dispensa-lo, ele tinha trazido um vinho e fiquei com uma sensação terrível naquela hora, ele é meu amigo querido, gosto muitíssimo dele e nunca o senti não desejado aqui, mas havia um motivo maior, sei que ele ficou chateado porque quando fui verificar meu MSN nessa manhã havia uma mensagem em offline que dizia “ bah, valeu pela consideração ontem” , deixei um recado no orkut dele e vou conversar com ele e dar aquele abraço assim que o ver, e se ele ler esse blog nesse meio tempo, quero que ele saiba que dizer que não o considero é utópico, pois ele é incrivelmente querido por mim.
Por falar em ritual, esse foi extremamente cansativo, um tombo da Legião e outro do kadu, a sensação de repetição pairou no ar em vários momentos, mas energias novas sempre aparecem, mas isso tudo já estava previsto, afinal estamos em fase de apresentação apenas, fui informado pelos espíritos que o lugar onde os rituais são realizados estará em situação de risco no sábado então a reunião da penúltima turma será realizado aqui em casa mesmo, dentro de um novo sistema ritualístico.
A noite foi cheia de acontecimentos “isolados” entre Nippo, eu, legião e Adriano... a cozinha foi nosso esconderijo e o sofá grande nossa mais preciosa disputa numa tentativa de ficar os quatro sentados juntos, uma guerra cheia de “offs” e olhares informativos.
Tivemos paqueras mal disfarçadas, tivemos tentativas de fuga, tivemos sentimentos misturados, tive meu momento de diversão secreta e dei um “não” a uma pessoa querendo dar um “sim”, mas tudo são escolhas e eu precisei fazer minha opção aquela noite, mas confesso que embora tenha sido bom eu não fiquei com eu queria.
Hãm??? Isso mesmo. Só isso.
Na parte da tarde estávamos Eduardo e eu conversando, antes do RPG, quando alguém assobia la embaixo, normalmente não olho porque as pessoas costumam usar o interfone, mas algo pulsou no meu peito e quando olhei era o Adriano e o Boy.... o Adriano o encontrou no caminho e como ele estava vindo para ca lhe deu uma carona... com camiseta e boné cor de rosa e uma bermuda feia ele apareceu, sem a aura forte e intimidativa, sem a energia empactuante característica sua. O que eu vi ali foi um garoto aprisionando uma fera, moldando sua aura a algo que beirava à suavidade e à sutileza... ele sorria e me olhava nos olhos, mas seu olhar perdeu parte da força ou ele desaprendeu a usar, conversamos um pouco la embaixo numa harmonia estranha, então subimos e falamos sobre o fútil, ele disse que esta mesmo indo na igreja e que as vezes vai chapado, que filtra as informações... não era mesmo o Boy que estava ali, talvez fosse o Rodrigo, mas não era o Boy... ele pegou o meu telefone ( que já tinha, devia ter perdido e eu segurando meu descontentamento sorri e passei novamente o número ) depois partiu, na saída ele encontrou o kadu, sua ultima frase foi “ se eu vier mais tarde virei de preto, pois só eu de rosa não da”, mal sabia ele que sua roupa refletia a cor de uma das camadas da sua aura, mas sé de uma.
Partimos para o resumão;
1- O Rafael pintou minhas unhas de preto, fazia tempo que eu ao colocava esmalte nas unhas, mas foi num surto rápido, não sei se isso ainda combina comigo...
2- Sábado o pessoal passou a noite aqui e ACHO que ninguem desconfiou que o Luciano estava acompanhado no quarto, rs.
3- Sexta-feira entre outras pessoas a Thais e o Rafael vieram aqui e ela me contou que o Pereira vai na casa dela e fala mal de mim, minha intuição estava mesmo certa pois andei me sentindo péssimo na presença dele, não quero ele mais aqui, é um tipo de energia que não me faz bem, uma personalidade que não me acrescenta absolutamente nada.
4- Passei a manhã de sábado com a minha mãe, foi bastante agradável meus tios estavam lá.
Me disseram que escrevo como Henry Muller, acho que a idéia é mesma, um amigo e uma mestra me disseram isso.
Amor é a lei, amor sob vontade.