Punk, P, Punk para você.

( Poema antigo que trata do meu contato com P. )

Aquele filme ruim consagrou o fracasso semi inicial do nosso contato
Havia um garoto sentado do meu lado e eu quiz que fosse você
Quando você chegou naquele bar obsoleto e levemente saudosista
Eu vi que sua aura estava escura então alguem me falou que você estava sofrendo
Mas meu orgulho idiotizante não me deixou chegar perto de você
Nem te dar aquele abraço, nem aquele beijo que eu desejei dar
Na minha casa eu te encontrei
E não consegui pedir que você ficasse um pouco mais, até de manhã
Eu pensei que você poderia dormir comigo e com meu namorado
Eu achei que poderiamos viver alguma coisa marcante por tempo indeterminado
Mas eu fuji disso, atras de uma xíxara de chá quente de maça com canela
A janela estava aberta e o friu que entrava fazia de nós pessoas indiferentes
Rimos juntos, respiramos juntos no mesmo metro quadrado,
Nossos olhos se fitaram, nossa noite foi a mesma até as três e vinte da madrugada,
Quando você me deixou e seguiu seu caminho
Eu gosto muito do seu cabelo, ele me causou ternura quando o toquei
Sabemos que nossa vaidade pode ser poderosa
Mas não admitimos muita coisa um para o outro
Mas eu preciso mesmo que você apareça hoje a noite naquele bar
Para que você receba esse poema e compreenda que quero mais daquilo
Daquilo que vivemos na escuridão da alma que cala e sente
Talvez eu não te cause mais vontades sexuais, sentimentais ou mesmo curiosidade
Então me devolve esse papel infame
Tenho uma persona soleneE sinto calafrios quando o invisivel se manifesta
Nada me choca ou me intristesse mais do que alguns breves minutos
Se não me quizeres outra vez, fica em silencio absoluto
Caso teu olhar brilhe de alguma forma especial e intensa
Me mostra teu sorriso lindo e me acalenta
Com um beijo, com um abraço, com um apertão
E deixa que a loucura do alcool, das drogas e do globo todo
Se manifeste em nós.